Quem se casou com Joana Grey?
Lord Guildford Dudley se casou com Joana Grey em . Lady Jane Grey tinha 15 anos no dia do casamento (15 anos, 7 meses e 20 dias).
O casamento terminou em .
Joana Grey
Joana Grey (em inglês: Jane Grey; 1536 ou 1537 – 12 de fevereiro de 1554), conhecida após seu casamento em 25 de maio de 1553 como Joana Dudley, foi uma rainha não coroada da Inglaterra e Irlanda, reinando de 10 a 19 de julho de 1553. Na tradição popular, ficou conhecida como a "Rainha dos Nove Dias". Bisneta do rei Henrique VII, filha do duque de Suffolk, foi criada em um ambiente protestante e recebeu uma educação excepcional para sua época.
Durante o reinado do jovem rei Eduardo VI, apesar de estar em quarto lugar na linha de sucessão, suas chances de chegar ao trono eram mínimas, a herdeira legítima era sua meia-irmã mais velha, Maria Tudor. Em 1553, sob a influência do regente João Dudley, Joana foi forçada a casar-se com o filho dele, Guilford Dudley, apesar de sua resistência ao casamento. No entanto, em junho de 1553, com Eduardo à beira da morte, o rei e Dudley excluíram a católica Maria da sucessão e nomearam Joana como herdeira. Após a morte de Eduardo, Joana foi proclamada rainha em Londres, enquanto Maria iniciou uma rebelião armada no leste da Inglaterra. Nove dias depois, o Conselho Privado avaliou a situação militar e destituiu Joana, reconhecendo Maria como rainha legítima. Joana Grey e seu marido foram presos na Torre de Londres, condenados por traição e executados (por decapitação) sete meses depois, em fevereiro de 1554.
A tragédia de Joana Grey ocupou um lugar extremamente destacado na cultura inglesa, desproporcional ao seu real peso histórico, se considerarmos a questão de forma ampla. A origem dessa discrepância está na conjuntura política da época e nos eventos que se seguiram. Sabe-se que a lenda começou a se formar logo após sua execução: para os protestantes perseguidos por "Maria, a Sanguinária" (em inglês: Bloody Mary), Joana foi uma mártir, a primeira vítima da Contrarreforma inglesa. Sob o governo da sucessora de Maria, sua meia-irmã Isabel I, que, apesar de sua fé pessoal protestante, empenhou-se na reconciliação entre os súditos católicos e reformistas, a história de Joana passou a integrar de forma sólida o repertório da leitura devocional, da literatura erudita e da tradição popular. Temas como martírio e amor, populares nos séculos XVI e XVII, deram lugar a uma nova abordagem: nas inúmeras obras do século XIX, Joana Grey passou a ser retratada como o ideal feminino da era Vitoriana. Os testemunhos históricos sobre sua personalidade são escassos e conhecidos principalmente por meio de relatos de seus tutores e de diplomatas estrangeiros. Não se preservou nenhum retrato confiável feito em vida; a única "testemunha" que supostamente descrevia sua aparência de forma objetiva foi, na verdade, uma falsificação do início do século XX.
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Lord Guildford Dudley
Guilford Dudley (c. 1535 - 12 de fevereiro de 1554) foi o marido de Joana Grey, nomeada herdeira do Reino da Inglaterra e Reino da Irlanda por seu primo o rei Eduardo VI. Dudley teve uma educação humanista e casou-se com Joana em uma magnífica celebração seis semanas antes da morte do rei em julho de 1553. Depois de seu pai João Dudley, 1.º Duque de Northumberland, ter arrumado a sucessão de Joana, o casal residiu na Torre de Londres. Eles ainda estavam lá quando o regime ruiu, permanecendo em aposentos diferentes como prisioneiros. Os dois foram condenados à morte por alta traição em novembro de 1553. A rainha Maria I estava inclinada a poupar suas vidas, porém a Rebelião de Wyatt contra seu casamento com Filipe da Espanha levou à execução do casal, uma medida que foi amplamente considerada como excessivamente severa.
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