Quem se casou com Leonor da Aquitânia?
Luís VII de França se casou com Leonor da Aquitânia em .
Henrique II de Inglaterra se casou com Leonor da Aquitânia em . Henrique II de Inglaterra tinha 19 anos no dia do casamento (19 anos, 2 meses e 6 dias).
Leonor da Aquitânia

Leonor da Aquitânia (1122 – 1 de abril de 1204), cognominada "Avó da Europa", foi uma das mulheres mais ricas e poderosas da Idade Média, tendo sido Duquesa da Aquitânia e Condessa de Poitiers (1137-1204) por seu próprio direito (suo jure). Ela foi ainda rainha consorte da França (1137-1152), como esposa de Luís VII, e depois da Inglaterra (1154-1189), como esposa de Henrique II, além de ter sido matriarca da dinastia plantageneta, que governou a Inglaterra entre 1154 e 1485. Era a filha mais velha de Guilherme X da Aquitânia, a quem sucedeu em 1137, e de Aenor de Châtellerault.
Leonor foi patrona de figuras literárias importantes como Bernart de Ventadorn, Wace e Benoît de Sainte-Maure, assim como de várias ordens e congregações religiosas católicas como a Abadia de Fontevraud. Liderou exércitos várias vezes durante a sua vida e foi uma das líderes da Segunda Cruzada.
Ao se tornar duquesa de Aquitânia aos quatorze anos, Leonor tornou-se a noiva mais cobiçada da Europa, tendo-se casado, três meses após se tornar duquesa, com o rei Luís VII de França, com quem teve duas filhas. Como Rainha da França, Leonor participou da Segunda Cruzada, viajando até à Terra Santa na liderança do exército da Aquitânia e do Poitou contra as forças do Islã. Após quinze anos como rainha da França, pediu a anulação do seu casamento ao papa Eugênio III, anulação concedida em 21 de março de 1152, com base na consanguinidade do casal (eram primos em 4.º grau). As suas duas filhas foram declaradas legítimas e a sua custódia foi concedida a Luís, enquanto as terras de Leonor lhe foram devolvidas.
Logo após a anulação, Leonor casou-se com Henrique, Duque da Normandia e Conde de Anjou em 18 de maio de 1152 na Catedral de Poitiers. Dois anos depois, no Natal de 1154, ela e seu marido, agora Henrique II, foram coroados rei e rainha da Inglaterra na Abadia de Westminster, em Londres.
Durante os treze primeiros anos de casados, Henrique e Leonor tiveram oito filhos. Contudo, em 1171 se desentenderam por conta dos casos extraconjugais dele, que acabou por prendê-la em 1173 por ela ter apoiado a revolta de seus filhos Henrique, Ricardo e Godofredo contra ele. Leonor só foi libertada em 6 de julho de 1189, quando o seu marido morreu e seu segundo filho Ricardo Coração de Leão subiu ao trono da Inglaterra.
Como rainha-mãe, Leonor atuou como regente da Inglaterra e Normandia quando Ricardo partiu para a Terceira Cruzada, tendo negociado o resgate deste quando ele foi preso na Áustria.
Quando da ascensão de seu filho João em 1199, Leonor participou de suas últimas batalhas para garantir a sua permanência no trono. E após uma intensa vida de oitenta e dois anos, sendo consecutivamente rainha da França e da Inglaterra, tomou o véu na Abadia de Fontevraud, onde morreu como monja em 1 de abril de 1204.
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Luís VII de França

Luís VII (Paris, 1120 – Saint-Pont, 18 de setembro de 1180), também chamado de Luís, o Jovem, foi o Rei dos Francos de 1137 até à data da sua morte. Era filho do rei Luís VI e de sua esposa Adelaide de Saboia. Ele casou-se com Leonor da Aquitânia, uma das mais poderosas e ricas mulheres da Europa. Ela trouxe consigo o vasto Ducado da Aquitânia como parte de seu dote, temporariamente estendendo as terras capetianas até aos Pirenéus. Porém, a união foi anulada em 1152 quando nenhum herdeiro foi produzido.
Leonor imediatamente casou-se com Henrique Plantageneta, Conde de Anjou, após a anulação, com quem deu a Aquitânia e teve cinco filhos. Henrique ascendeu ao trono inglês em 1154 e governou um grande império, marcando o início da longa rivalidade entre a França e a Inglaterra.
Durante o reinado de Luís foi fundada a Universidade de Paris e teve a desastrosa Segunda Cruzada. Ele e seu conselheiro Abade Suger tentaram uma maior centralização do poder e eram a favor do desenvolvimento da arquitetura gótica francesa, notavelmente na construção da Catedral de Notre-Dame. Luís morreu em 1180 e foi sucedido por seu único filho homem, Filipe II.
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Henrique II de Inglaterra

Henrique II (5 de março de 1133 – 6 de julho de 1189), também conhecido como Henrique Curtmantle, Henrique FitzEmpress ou Henrique Plantageneta, foi o Rei da Inglaterra de 1154 até sua morte, também governando como Conde de Anjou, Conde de Maine, Duque da Normandia, Duque da Aquitânia, Conde de Nates e Lorde da Irlanda; em vários momentos, também controlou Gales, Escócia e a Bretanha. Era filho de Godofredo V, Conde de Anjou e Matilde de Inglaterra, filha do rei Henrique I de Inglaterra. Ele envolveu-se aos catorze anos nos esforços de sua mãe para reivindicar o trono inglês ocupado por Estêvão de Blois. Henrique foi feito Duque da Normandia e herdou Anjou em 1151, casando-se pouco tempo depois com Leonor da Aquitânia, cujo casamento com o rei Luís VII de França havia sido anulado. Estêvão concordou com um tratado de paz depois de uma expedição de Henrique a Inglaterra em 1153. Estêvão morreu no ano seguinte e ele ascendeu ao trono.
Henrique era um governante energético e, às vezes, implacável, motivado por um desejo de restaurar as terras e privilégios de seu avô. Durante seus primeiros anos de reinado, ele restaurou a administração real, restabeleceu a hegemonia sobre Gales e conseguiu o controle total de suas terras em Anjou, Maine e Touraine. O desejo de Henrique de reformar a relação com a Igreja Católica levou a um conflito com seu antigo amigo Tomás Becket, o Arcebispo da Cantuária. Essa controvérsia durou boa parte da década de 1160 e resultou na morte de Becket em 1170. Ele logo entrou em um conflito com Luís VII e os dois reis travaram durante décadas aquilo que foi chamada de "guerra fria". Henrique expandiu seu império, frequentemente às custas de Luís, tomando a Bretanha e indo para o sul até Toulouse; apesar de várias conferências de paz e tratados, nenhum acordo duradouro foi alcançado. Ele controlava por volta de 1172 a Inglaterra, boa parte de Gales, a metade leste da Irlanda e a metade oeste da França, uma área que posteriormente foi chamada de Império Angevino.
Henrique e Leonor tiveram oito filhos. Enquanto cresciam, começaram a aparecer tensões sobre a futura herança do império, encorajados por Luís e seu filho Filipe II. Seu herdeiro aparente Henrique, o Jovem, rebelou-se em protesto em 1173; ele foi apoiado por seus irmãos Ricardo e Godofredo e pela mãe. A França, Escócia, Flandres e Bolonha aliaram-se aos rebeldes. A revolta foi derrotada através de uma ação militar vigorosa e pelo talento de comandantes locais, muitos dos quais eram "homens novos" nomeados por sua lealdade e habilidades administrativas. Henrique, o Jovem, e Godofredo rebelaram-se mais uma vez em 1183, resultando na morte do primeiro. A invasão normanda da Irlanda deu terras para seu filho mais novo João, porém o rei lutou para encontrar meios de satisfazer os desejos de terras e poder imediato de seus filhos. Filipe conseguiu usar os medos de Ricardo que Henrique faria de João seu sucessor, com uma última rebelião começando em 1189. Derrotado pelo rei francês e pelo filho e também sofrendo de uma úlcera péptica, Henrique retirou-se para Chinon, em Anjou, onde morreu em julho.
Seu império rapidamente ruiu durante o reinado de João, que sucedeu Ricardo. Entretanto, muitas das mudanças que Henrique havia introduzido em seu longo reinado tiveram consequências duradouras. Suas mudanças legais são geralmente consideradas como tendo criado as bases do direito comum inglês, enquanto sua intervenção na Bretanha, Gales e Escócia moldou o desenvolvimento de suas sociedades e sistemas de governo. Interpretações históricas sobre o reinado de Henrique mudaram consideravelmente com o passar dos tempos. Acadêmicos do século XVIII afirmavam que o rei foi uma força motriz na criação de uma monarquia genuinamente inglesa e, no final, de uma Grã-Bretanha unida. Durante a expansão vitoriana do Império Britânico, historiadores muito interessaram-se na formação do próprio império de Henrique, porém mostraram preocupações sobre sua vida particular e o tratamento a Becket. Historiadores do final do século XX combinaram relatos históricos ingleses e franceses, desafiando a interpretação anterior de um reinado anglo-cêntrico.
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